A Viagem...

terça-feira, outubro 09, 2012

O texto não é meu ... encontrei-o no Espresso, mas dá que pensar.

"Algo mais que uma perdiz




Uma certa elegância na Assembleia da República não me choca nada, muito menos em jantares oficiais ou recepções que nos tragam contrapartidas financeiras externas. Mas na cantina? Isto é de bradar aos céus. É por este género de modos de estar e de viver com dinheiros públicos que se nota o desfasamento que existe entre a decência e a moral dos deputados portugueses em relação à situação financeira do povo.



Não sou nada miserabilista no sentido em que "se eu estou mal os outros também têm que estar", tão típico na sociedade portuguesa. Não vivemos em comuna, vivemos numa sociedade em que os cidadãos são livres de construírem ou tentarem (por muito difícil que seja) o capital que conseguirem e que possa ser seu por direito. O camarão que eu comprar é com o MEU dinheiro, certo? Claro que agora compro mais cavalas que robalos.;)



A perdiz e o porco preto num país sem dificuldades financeiras não me chocaria. No entanto, tendo em conta a situação em que nos encontramos, ver ementas destas e tentar não verbalizar publicamente o nojo e o asco que sinto, através de uma linguagem digna de pôr os serviços secretos portugueses a mandarem a PSP identificar-me, é tarefa árdua.



No Solar de Montemuro fazem as melhores papas de perdizes do Mundo. Adoro. No tempo em que podia, que já lá vai. Ainda há poucos anos poderia ir à Pizza Hut (restaurante) todas as semanas, ir ao cinema todas as semanas, comprar jogos PSP aos meus filhos uma vez por mês, meter-me no carro ao sábado (detesto sair ao domingo) e fazer quilómetros e quilómetros por este país fora, jantar uma vez por semana no meu restaurante preferido da Ribeira, o Ora Viva, e deixar umas dezenas de euros numa boa açorda e um bom vinho.

Agora tiraram-me as dezenas de euros. Graças a Deus como muito bem em casa e dispenso (com saudades) a açorda de marisco no Ora Viva. Os jogos para os miúdos vêm da banda larga e os passeios às aldeias mais longínquas de Portugal estão adiados. Salvo em algumas exceções, a pizza ultracongelada substituiu a Hut e fazem-se maravilhas com o racionamento inteligente da minha namorada sobre o orçamento (arranjem uma totó de Matemática, confiem em mim - não só se transformam em mulherões fantásticos, como dão imenso jeito nas finanças domésticas). Aos 38 anos, com uma licenciatura e no mercado de trabalho há 12 anos, deveria estar bem melhor na vida.

Aos 38 anos como em casa dos meus pais três vezes por semana e eles conseguem agora, que deveriam ter paz e sossego, contribuir mais para o meu bem-estar e o dos meus filhos que eu próprio. Nós sentimos agora aos 30 e aos 40 anos aquilo que os nossos pais sentiram aos 20 ou antes para iniciarem as suas vidas.



Os nossos pais sofreram imenso para conseguirem o que têm hoje. Mas reparem: a progressão natural seria os filhos conseguirem mais do que os pais, os netos mais do que os avós. Estamos a passar por uma situação de inversão violenta da progressão natural financeira do que seria um país em desenvolvimento. Somos chamados a fazer sacrifícios, daí que me choque tanto a ementa da AR. Choca-me imenso a ideia de imaginar, numa cantina de dia-a-dia, em Portugal, um deputado a degustar um peito de perdiz ou pombo torcaz e a dizer ao comensal que o acompanha "O povo português tem que fazer sacrifícios."

segunda-feira, março 15, 2010

A Diferença....

"...Joao Moutinho, capitán del Sporting de Portugal, ofreció una corona de flores con los colores verdiblancos de su equipo, al del Atlético, Antonio López, en memoria de las víctimas del atentado del 11 de marzo en Madrid, del que se cumplen seis años.
Los dos capitanes escenificaron el homenaje en el césped del Vicente Calderón minutos antes del comienzo del partido que enfrenta a Atlético y Sporting, de la ida de los octavos de final de la Liga Europa.
El acto fue muy aplaudido por el público desde la grada, tanto por los hinchas portugueses, que en un número de unos 4.500 ocupan un sector del fondo norte del Vicente Calderón, como por los rojiblancos..."

http://www.marca.com/2010/03/11/futbol/europa_league/1268332033.html




Ás vezes perguntam-me porque é que sou do Sporting, normalmente respondo por ser diferente em quase todos os sentidos, por não ser grande, mas por ser assim … Leiam e vejam ….

quinta-feira, março 04, 2010

DEXTER



Este é o nome da Série da 2 que mais apreciava…(dava ás quartas feiras ás 22:40), baseada no thriller “Darkly dreaming Dexter", de Jeff Lindsay", mostra a história de um especialista em medicina forense da polícia de Miami, que passa as suas noites a perseguir assassinos que conseguiram fugir do alcance da justiça. Este “quase homem”, sim ele mais parece despido de todos os sentimentos que nos traduzem como humanos, tem como trabalho inspeccionar e caracterizar os piores crimes de Miami, um CSI durante o dia, mas que comete esses mesmos actos brutais e calculistas durante a noite, esta serie levanta uma questão, não será o melhor dos Policias um grande ladrão, imaginem os Serial- killers perseguidos por alguém que pensa e age como um deles?
Soberbamente interpretado por Michael C. Hall ("Six Feet Under" Sete palmos de Terra), Dexter é a personagem principal desta série, cujo complexo código moral foi incutido pelo seu Pai adoptivo “Harry Morgan”, um policia ele próprio frustrado com o sistema judicial, que ao constatar os impulsos homicidas que revelava o guia na terrível paixão em dissecar e assassinar, para algo mais construtivo, para um comportamento estranhamente aceitável para sobreviver na sociedade que está inserido.
Como todos os Serial-killers, o lado obscuro de Dexter é escondido daqueles que ama, a sua irmã Debra que não desconfia de nada, é uma policia determinada, que sempre lhe pede conselhos tanto profissionais como pessoais. Uma das facetas mais interessantes da Série é a sua relação com Rita, uma mãe solteira de um casal de filhos, esta faceta mostra um Homem bondoso que a normalidade da vida diária sempre com boa disposição, neste ponto no avançar da serie a relação de Dexter co Rita vai evoluir e ganhar um peso que nem ele próprio imaginou…um filho.



Uma das grandes qualidades de Dexter é que ao mesmo tempo temos um lado agressivo e violento, do outro temos a visão dum quase um drama familiar, a sua relação com Rita e os seu filhos, e com a sua Irmã de quem ele mostra gostar muito, mostrando-se sempre pronto para a ajudar e mesmo proteger… ELENCO Michael C. Hall (Dexter Morgan), Julie Benz (Rita Bennett), Jennifer Carpenter (Debra Morgan), Erik King (Sargento Doakes), Lauren Vélez (Tenente Maria LaGuerta), David Zayas (Angel Batista) e James Remar (Harry Morgan).


É mesmo do melhor que passa na TV em Portugal…

Daniel da Cruz Carvalho "Dani”

Futebol é uma das minhas paixões, como tal surgiu à bem pouco tempo em conversa com um amigo sobre este assunto, o tema jogadores que podiam ter sido mas não foram… e o primeiro nome que me veio à cabeça foi o Dani…



Daniel da Cruz Carvalho "Dani”


Entre o aparecimento de Figo e de Quaresma e Cristiano Ronaldo, o Sporting “produziu” uma outra “Estrela” da bola, que pouco luziu. Dizem uns que por falta de vontade, outros que não precisava do Futebol para sobreviver e outros por falta de acompanhamento. Talvez um pouco de todas, mas a principal razão terá sido outra, isto claro na minha opinião, Dani não gostava do mundo do mundo da bola, o futebol é que tinha que gostar dele.

Desde criança até a idade adulta ele teve oportunidades que poucos tiveram para chegar muito longe, Mas quando o jogo lhe exigiu sacrifício e espírito de entrega, não teve o retorno esperado, foram namoros mediáticos, escândalos com bebida e … muitas … mulheres e noitadas, o Dani preferia ser livre e viver como se não houvesse amanhã, recentemente li numa entrevista que deu a uma revista masculina que aproveitou todos os momentos que a sua carreira lhe proporcionou, mas não foram desportivamente aproveitados, e nós que gostamos de futebol aproveitámos o que o Dani nos deu???

Dani encantou a minha geração, era o atleta que todos queríamos copiar, lembro com alguma nostalgia um treino com os meus colegas de equipa, treinar-mos um livre que ele e outro (Bruno Caíres) inventaram num celebre jogo de apuramento 3º e 4º lugares no campeonato do mundo de sub-20 no Qatar, em que simulam um desentendimento e com isto Dani cruza para um golaço de cabeça do Nuno Gomes.Era um Jogador de fino recorte, com imensos recursos técnicos e dono de uma visão de jogo, passe e remate fantástico, Dani foi um médio ofensivo de grande talento que passeou nalgumas das melhores equipas europeias, entre 94 e 2003, numa carreira que durou menos do que devia, que não foi nem metade do que poderia ter sido e que se esperava que fosse. Somou imensas internacionalizações por Portugal, desde as selecções jovens à principal.

Paulo Futre foi quem sintetizou melhor, quem foi e qual a relação de Dani com o futebol: “O Dani, com o potencial que tinha, não atingiu sequer 50 por cento daquilo que seria capaz”. O futebol para o Dani era um 'hobby', não o amava, é preciso Adorar o jogo, eu digo a todos os que jogam ou jogaram, que se deve treinar como se joga, para que todos os sacrifícios que envolvem jogar não sejam encarados como tal.
Há cerca de 5 anos, Luís Figo convidou-o a participar num jogo de beneficência anual que costuma organizar, juntamente com a sua fundação, ao lado de outras estrelas do futebol mundial. Entrou na segunda parte e marcou dois golos, mostrou que conservava intactas as qualidades que fizeram dele, um dos melhores jogadores jovens do mundo e deixou a certeza que podia ter sido grande, enorme…


O Comboio volta a andar...

Vou tentar ser mais assíduo, arranjar mais tempo pra andar por estes lados.

Não vou dizer a ninguém que vou voltar a andar neste comboio, mas espero que a viagem seja acompanhada por mais alguém que não eu.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Voltei....

Estou de volta ... não sei por quanto tempo, mas o que interessa é que estou de volta.

Pra semana trarei novos post's ao Comboio...

terça-feira, outubro 09, 2007

Crescer...

É ser cada dia um pouco mais de nós mesmos.

É dar sempre sem cobrar, mesmo que inconscientemente.

É exigir dos outros, somente o que nós conseguimos dar.


É aprender a ser feliz de dentro para fora.

É sentir a vida na natureza.

É conseguir manter a calma em momentos de caos (prova que ainda tenho muito que crescer…).

É termos sempre uma motivação para lutar e uma razão para seguirmos em frente.

É saber a hora exacta de parar e partir para algo novo.

É não esquecer o passado, mas trabalhar em cima dele para o futuro.

É reconhecer os nossos erros.

É sermos responsáveis por todos os nossos actos e assumir as suas consequências.


É reconhecer a diferença entre liberdade e libertinagem.

É sabermos que nada nem ninguém é totalmente bom ou mau.

É assumirmos que nunca seremos grandes, mas que o importante é estarmos constantemente em crescimento.

É entender que temos espaço de uma vida inteira para crescer.


É preciso que tudo mude para que tudo se mantenha.

quarta-feira, setembro 19, 2007

O Comboio


O Comboio não está parado…está em stand-by devido a restrições ao nível de acesso à net.

Darei notícias sempre que for possível…

RJP

terça-feira, julho 17, 2007

Equador


Este foi sem dúvida o Livro que mais me marcou…O Equador é o meu livro de eleição, não terá sido o que li com mais avidez, nem aquele com o qual me senti mais realizado, mas foi o que mais me marcou pela surpresa da sua qualidade.

Eu não sou apreciador da personalidade do autor, Miguel Sousa Tavares na minha cabeça soa a pedante, não gostos das ideias, da maneira como ele a expressa e da exposição e atenção que lhe dão. Mas o Equador foi brilhantemente escrito, é um romance com um enredo imaginativo e com uma intriga que flúi, entrelaçando o problema socio-político do estatuto dos negros em São Tomé com a estória amorosa e social da personagem principal.

Nunca um livro, foi lido com o prazer, que me fazia esquecer o sítio onde estava, encanta o desenrolar da história e contagia pela descrição de São Tomé. Um dos grandes trunfos é a forma simples como está escrito – excelentemente bem escrito. Fica-se com muita vontade de conhecer São Tomé.

Digam Vocês qual é o vosso Livro, aquele que marcou, que não desaparece com o “The End”…

P.S. Estas férias vou dar uma de snob e vou ler “Harry Potter and the Deathly Hallows” o ultimo da série...